terça-feira, 3 de julho de 2012

Vida e Morte de Luiz Gonzaga O Rei do Baião

Amigos do Simões Filho
Vieram prestigiar
A nossa festa junina
Que vai homenagear
Ao grande Luiz Gonzaga
Hoje neste arraiá

Na fazenda Caiçara
Nasceu o Rei do Baião
Cresceu tocando zabumba
Mais tarde acordeão
E pelo país inteiro
Mostrou a dor do Sertão

Por um amor proibido
Luiz Gonzaga apanhou
Revoltado com os pais
O pé na estrada botou
E sem saber o que fazer
No exército se alistou

Mas o que queria
Era ser sanfoneiro
Foi então que viajou
Para o Rio de Janeiro
Daí o nosso menino
Foi inté pro estrangeiro

Gonzaga se tornaria
Um ilustre brasileiro
Conseguiu fama e sucesso
Ganhou bastante dinheiro
E nas asas de Asa Branca
Conquistou o mundo inteiro

Muitos anos se passaram
Ele resolveu voltá
Pois estava com saudades
Da sua terra natá
Queria rever seus pais
E afamia visitá

Chegou em casa à noite
Para seu pai assustá
Januário quando viu
Foi logo lhe perguntá.
-Oxente caba safado,
Isso é hora de chegá

Mais Luiz já era rei
E tinha o que mostrá
Pegou sua sanfona branca
E começou a tocá,
Januário admirado
Ficou só a observá

O povo lá no terrêro
Matêro o pau a dançá
Os caba arrastava o pé
Fazendo péda vuá
E o forró continuô
Inté o dia raiá.

Gonzagão puxava o folê
Mostrando pra Januário
Seu fóle de cento e vinte
Melhor que o oito baixo.
E o véio de boca aberta
Ficou todo admirado.

Mas quando ele pensou
Que estava agradando
Viu Raimundo Jacó
Que veio lhe esquentá o rabo.
Pois você é um moleque
E ele já tá criado.

O filho bom e humilde
Aflorou no gonzagão
E foi aí que cantou
Com toda animação
Em animação
Em respeito a seu pai
E a Raimundo quase irmão.

Aos pucos Luiz Gonzaga
Foi mostrando a Nação
Com talento e humildade
Como se canta Baião
Conquistou ricos e pobres
Na cidade e so Sertão

Até que uma grande doença
Atingiu nosso Gonzaga
Mas mesmo enfraquecido
Sua voz ainda cantava
E fazia alguns pedidos
Das coisas que mais gostava

Foi no dia dois de agosto
Que deu-se a definição
A notícia se espalhou
Em rádio e televisão
Nas manchetes anunciava
Que morreu o Gonzagão.

Mas não é a hora de tristeza
É tempo de celebrar
A notícia se espalhou
Em rádio e televisão
Nas machetes anunciava
Que morreu o Gonzagão.

Mas não é a hora de tristeza
É tempo de celebrar
A vida deste guerreiro
Que nasceu para cantar
E agora neste terreiro
vamos cantar e dança.



Nenhum comentário:

Postar um comentário